Porque tudo no mundo depende
daquilo que ele não é.
Assim como julgo alguém como
imperfeito, esse imperfeito só existe em função daquilo que é perfeito. Já que
se não existir pelo menos alguém ou alguma coisa perfeita, como poderei dizer
que alguém ou alguma outra coisa seja imperfeita? Mas o que é a perfeição?
Seria o extremo oposto daquilo que é imperfeito? Se sim, tudo que se encaixa no
“meio tempo” entre esses dois extremos seriam quase perfeitos, ou quase
imperfeitos?
Assim são os dois lados de uma mesma moeda, onde
o infinito se aproxima do zero (ou pelo menos o gera), pois quanto mais de uma
coisa é feita, menos de outra se tem... Onde o certo depende do errado... Onde
só se molha o que esteja seco... Onde para entrar (dentro) precisa-se partir de
fora e assim cada conceito vai sobrepondo o seu oposto, porque tudo no mundo
depende daquilo que ele não é.